O produto de Viabilidade Mínima é uma estratégia cada vez mais utilizada para o desenvolvimento rápido de produtos, testando ao mesmo tempo a viabilidade do produto no mercado, é muito comum especialmente com paginas na Internet, e serviços e aplicações ligados com a Internet (onde se pode lançar um produto mais facilmente e rapidamente).

Então o que é um Produto de Viabilidade Mínima?

É qualquer produto que tem as funções mínimas para poder ser lançado no mercado e não mais do que isso, isto é, o produto tem o mínimo de funções que sejam fundamentais e estejam no cerne do produto (ou que pelo menos ajudem os clientes a verem as possibilidades futuras do produto). Normalmente são lançadas a um grupo restrito de primeiros clientes (normalmente diz-se que está num beta fechado), normalmente esses clientes são o que se chamam de “early adopters” (pessoas que adirem cedo a novos produtos), visto que tem tendência a ser mais flexíveis e perdoarem mais falhas iniciais, como também tem tendência a ser mais vocais e apontar as falhas ou necessidades do produto.

Esta estratégia tem múltiplos benefícios, primeiro ajuda a empresa a ver se o mercado estaria interessado no produto antes de gastar tempo e dinheiro a o desenvolver, também permite ajudar a angariar mais fundos através de empréstimos ou investidores sendo que se pode mostrar a estes alguma coisa já feita, claro que nem todos os produtos tem propensão para esta técnica, por exemplo um produto minimalista que faz uma coisa muito bem, não é um produto de viabilidade mínima, visto que esse produto já está praticamente acabado, a ideia aqui é criar um processo interativo entre quem desenvolve o produto e o seu mercado, de forma a iterar e desenvolver o produto de acordo com o que o mercado deseja.

Um Produto de Viabilidade Mínima pode ser um produto completo ou uma parcela de um produto (uma nova função do produto), algumas técnicas incluem:

  • Teste de Fumo : Cria-se uma pagina na Internet ou uma aplicação mínima que não tem nenhuma funcionalidade ainda, mas através das redes sociais ou publicidade, leva-se pessoas á pagina, e vê-se através das estatísticas se as pessoas carregam em comprar ou vão ver mais informação sobre o produto (como o produto não existe, normalmente uma pessoa recebe uma resposta do tipo, pôr o e-mail para receber uma mensagem quando o produto estiver á venda).
  • Lança Primeiro/Cria Depois : Cria-se um link ou paginas para uma nova função de um software existente e promove-se essas paginas (dando destaque), explica-se que é uma função que está a ser desenvolvida, e pede-se desculpa por não estar ainda disponível, e de acordo com as estatísticas pode-se ver se existe interesse ou não.

Desta forma torna-se numa técnica bastante eficiente de analise do mercado, podendo-se ver quais os produtos que tem viabilidade muitas vezes antes sequer de terem sido criados, desta forma evita-se a visão mais tradicional de gastar tempo e dinheiro a implementar um produto e só depois testa-lo no mercado. Um produto de viabilidade mínima tende a ser uma ideia que cresce de acordo com informação explicita (muitos e-mails de clientes satisfeitos ou entusiastas) ou implícita (torna-se viral/popular na Internet, muitas visitas á pagina do produto) dos futuros clientes do produto.

Alguns Exemplos Famosos de Produtos de Viabilidade Mínima:

  • Apple Iphone – A primeira geração não tinha diversas funções que são essenciais num smartphone, tais como procurar ou copiar/colar.
  • Dropbox – Recebeu o seu investimento antes do produto ter sido criado, tudo baseado num vídeo dos criadores a explicar o que queriam fazer.
  • Yahoo – Era inicialmente apenas uma pagina básica com uns links para outras paginas na Internet que um par de estudantes gostavam.